Lotação, falta de cobrador, linhas especiais e ônibus sucateados são alguns pontos levantados pelos entrevistados
A partir deste sábado (22), usuários do transporte público em Presidente Prudente passam a pagar R$ 0,10 a menos na tarifa do ônibus. A redução, divulgada nessa quarta-feira (19), foi uma decisão unilateral do prefeito Milton Carlos de Mello (Tupã, do PTB). Com isso, a passagem foi de R$ 2,60 para R$ 2,50 e para o cartão de passe, R$ 2,40.
Após o protesto contra o transporte público realizado em Prudente na última segunda-feira (17), o novo cálculo de despesas foi feito por técnicos do município. No entanto, mesmo com a redução, os usuários ainda cobram por mudanças.
Segundo a auxiliar geral Marta Conceição Gomes, sua maior reivindicação é em relação a lotação em alguns horários. “Pela manhã e no final da tarde os ônibus enchem demais, e é todo dia, devia ter linha a mais nesses horários”, comenta ela, que mora no Parque dos Pinheiros.
Já para a estudante Mariana dos Santos, que tem 100% de gratuidade no transporte, muita coisa tem que mudar. “Eu não pago porque é meu direito, estudo e faço parte de um projeto social, mas de qualquer forma esse dinheiro sai do bolso do povo e por isso o serviço tem que ser de qualidade, falta ônibus em alguns horários e o preço ainda tem que cair mais”, diz.
No entanto, para quem mora fora e trabalha na cidade, os custos com ônibus são ainda maiores. Para a estudante Ana Maria Ribeiro, que trabalha e faz faculdade em Prudente, mas que mora em Regente Feijó, ela confessa evitar o transporte coletivo. “Pago R$ 2,90 para vir de Regente para Prudente e mais R$ 2,90 para voltar. Porém, quando desço no terminal, tenho que gastar mais uma passagem para chegar ao meu trabalho e outra para voltar. Não compensa, por isso eu tento sempre vir de carro com minha mãe, pois ela também trabalha na cidade e acaba compensando mais”, explica.
A jornalista Aline Martins também reivindica melhorias. Para ela, falta qualidade no serviço prestado. Conforme a usuária, a redução de R$ 0,10 no valor da tarifa foi o mínimo que podia ser feito. “Os ônibus são sucateados, eles andam atrasados por conta da dupla função do motorista, que tem que dirigir e cobrar ao mesmo tempo, sem contar na falta de linhas mais rápidas para interligar os bairros mais distantes”, argumenta.
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