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terça-feira, 28 de maio de 2013

Falta de pagamento de funcionários reflete no comércio de Mirante do Paranapanema

Sem o acerto trabalhista, algumas pessoas alegam que estão passando dificuldades e comerciantes reclamam da queda nas vendas


Demitidos há cinco meses, cerca de 700 funcionários que trabalhavam na Usina Alvorada D’Oeste, em Santo Anastácio, alegam que até hoje a empresa não fez os acertos trabalhistas. Sem receber, algumas famílias dizem estar até passando fome. Outra parte prejudicada é o comércio da região, que depois da dispensa em massa registrou queda de até 50% nas vendas.
Até o momento, a empresa não pagou o 13º, as férias e a cesta básica referente ao último mês de trabalho. “Isso vai depender da Justiça e vai demorar quatro, cinco, seis anos para ganhar a causa e não receber. Tem gente que ganhou causa na Justiça e até hoje não recebeu”, fala Valdemir de Castro, um dos desempregados.
Ivone José de Jesus e o marido trabalhavam na usina e ainda não conseguiram arrumar outro emprego. Na prateleira da cozinha existem poucos alimentos. Para comer, o casal depende de doações.
“Começou a faltar alimentação já. Tem que pagar água e luz também. Aluguel não espera também. Esse acerto nunca sai”, reclama Ivone.
“Meu amigo doou uns ossos para eu poder fazer a mistura. A usina não paga, a gente tem dinheiro para receber, e fica passando necessidades”, lamenta Valmir Lima dos Santos.
As dificuldades econômicas dos funcionários demitidos da usina já atingem o comércio. Em um armazém de Mirante do Paranapanema, por exemplo, o prejuízo é grande. O número de pessoas que compravam no local diminuiu e o movimento caiu pela metade.
A comerciante Maria Isa Garcia trabalha há mais de 40 anos vendendo alimentos para os trabalhadores e diz ter nunca visto uma situação como essa. Apesar de entender a falta dos pagamentos, hoje ela só vende se for a vista.
“Meu movimento caiu mais da metade, estou com as contas deles ali, mas não posso apertá-los porque eles não têm de onde tirar”, afirma a comerciante.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Mirante do Paranapenama, José Hilário da Silva, diz que a saída para os trabalhadores será entrar na Justiça, caso a empresa não se manifeste nos próximos dias.
“Esse mês de junho é a última vez, se não tiver acordo, vai todo mundo para a Justiça. O sindicato vai mandar o advogado com eles para fazer essas recisões”, explica Silva.
Os responsáveis pela Usina Alvorada D´Oestee não quiseram dar entrevista. Mas, por e-mail, a assessoria de imprensa da usina informou que em breve vai reunir recursos para fazer uma negociação com o sindicato da categoria. O e-mail não fixou uma data pra a realização desse acordo.

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