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segunda-feira, 8 de abril de 2013

Santas Casas da região paralisam atendimento para protestar contra União


Entidades reivindicam 100% de reajuste nos valores repassados pelo sus




Pelo menos quatro santas casas da região de Presidente Prudente paralisaram nesta segunda-feira (8) os atendimentos chamados de “eletivos” com o objetivo de reivindicar ao governo federal reajuste de 100% nos valores repassados aos hospitais pela tabela do Sistema Único de Saúde (SUS) para os procedimentos de média e baixa complexidades.
A Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes do Estado de São Paulo (Fehosp) confirma oficialmente a adesão ao manifesto das instituições do gênero em Dracena, Martinópolis, Presidente Prudente e Presidente Venceslau.
Só em Prudente, foram desmarcadas 20 cirurgias - todas remanejadas para outras datas - e a realização de exames e procedimentos, como ultrassom, raio-X e endoscopia, também foi suspensa. No entanto, os atendimentos de emergência e urgência continuam sendo feitos normalmente.
“É um ato para sensibilizar o governo”, disse ao iFronteira o gerente administrativo da Santa Casa de Prudente, José Roberto Garcia. “A tabela do SUS não é reajustada linearmente há mais de 10 anos”, pontua.
Como exemplo da defasagem, Garcia cita um exame de raios-X simples de crânio: o SUS paga R$ 7,42, mas o custo para o hospital atinge R$ 14,30.
Para suprir tamanho desequilíbrio nas contas causado pelo SUS, os hospitais são obrigados a buscar sustentação financeira junto aos convênios particulares. Para um parto cesáreo, enquanto o SUS paga cerca de R$ 500,00, um convênio repassa pelo menos R$ 1,2 mil. “As santas casas que não possuem convênios sofrem muito mais, porque não têm a quem recorrer”, explica Garcia. “O desequilíbrio é enorme e a situação, insustentável”.
Por dia, passam pela Santa Casa de Prudente cerca de 2 mil pessoas em busca de atendimento hospitalar. A entidade atende 60% dos pacientes pelo SUS e o restante através de convênios.

Segundo Garcia, a paralisação nesta segunda-feira atinge 2.100 instituições no país. Só no Estado de São Paulo, segundo a Fehosp, são 70 hospitais participantes do protesto. Ainda de acordo com a Fehosp, a defasagem da tabela de procedimentos do SUS impõe um déficit de R$ 5 bilhões por ano às instituições, responsável por uma dívida total de cerca de R$ 12 bilhões.pelo SUS



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