Translate

domingo, 10 de março de 2013

Capitão Silvia: um toque feminino em patente militar


À frente de 140 policiais da 1ª Companhia de Presidente Prudente, ela orgulha-se do trabalho exercido há 20 anos na PM


Esmalte vermelho, salto, maquiagem e patente de capitão. No comando de 140 policiais militares, Silvia Andreia Mantoani Pinto, 37 anos, não deixa sua feminilidade de lado durante o trabalho na 1ª Companhia da PM de Presidente Prudente. Filha de policial, sua pretensão quando jovem era cursar a faculdade de farmácia bioquímica, mas foi na Academia Barro Branco que encontrou sua vocação.
Hoje, com 20 anos de profissão, casada e mãe de duas meninas, Silvia orgulha-se ao dizer que o fato de ser mulher nunca fez com que ela fosse desrespeitada, independente dos cargos que já ocupou. "As mulheres sempre foram minoria, mas na academia mesmo já aprendemos a ter uma postura muito correta para não dar margem aos boatos", conta.
No entanto, antes de entrar para a Polícia Militar, aos 17 anos Silvia prestou vestibular para farmácia bioquímica e ficou na lista de espera. Ao mesmo tempo, ela fez a prova para a Academia Barro Branco e foi aprovada. "Entrei para a academia, mas ainda esperando uma resposta da faculdade. Porém, eu fui gostando e acabei ficando", diz.
O curso, que era em São Paulo, tinha regime de internato. Nos primeiros dois anos, Silvia voltava apenas aos finais de semana para rever a família em Adamantina, mas nem sempre era possível retornar por conta da distância.
Sempre muito ligada à mãe, os primeiros retornos à sua casa eram sempre carregados de saudades na hora da despedida. "Nos primeiros anos, quando eu vinha visitá-los, na hora de ir embora dava aquele aperto. Eu falava para a minha mãe que, se ela chorasse, eu não entraria no ônibus", relembra.
No entanto, a família driblou a saudade e Silvia se formou. Até 2000, ela trabalhou em São Paulo, onde viveu muitas experiências, uma delas foi em um acidente de trânsito grave na capital.
Na época, uma das pessoas feridas, uma mulher, pediu para que Silvia ficasse ao lado dela até que o resgate chegasse. "Fiquei ao lado dela, que estava machucada, e meses depois, no dia do meu aniversário, ela encontrou a companhia onde eu trabalhava e me mandou um presente", conta a capitão.
Sobre as ocorrências vivenciadas, Silvia diz que não há como não se envolver, seja por conta do sofrimento alheio ou pelos riscos que a PM sofre. "Temos que ir em frente, fazendo o melhor que podemos para bem servir a população, ainda que com o sacrifício da própria vida, como juramos em nossa formatura", reforça.
Em 2001 ela foi transferida para Presidente Venceslau, onde atuou como chefe do Departamento de Comunicação Social. Em 2005, passou a atuar em Presidente Prudente, onde permaneceu interinamente no comando da Força Tática e também em outras funções administrativas. Já em 2010 ela foi promovida a capitão.
Dentre os 140 policiais militares da companhia, apenas 12 são mulheres. Seu dia a dia se divide entre comandar operações policiais, ser mãe e esposa, mas garante: "dou conta de tudo".
Assim como muitas mulheres que trabalham, se cuidam e assumem cada vez mais responsabilidades, a capitão Silvia integra esta realidade que já é comum no mundo feminino, deixando o exemplo de que, com ou sem patente, é possível ser uma guerreira de salto.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Muito obrigado pelo comentário, um grande abraço da equipe Braga Show!!!

Casa Branca confirma morte de filho de Osama bin Laden

Hamza bin Laden, também era conhecido como 'príncipe-herdeiro da Jihad'. Operação que o matou aconteceu entre o Afeganistão e o P...