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sábado, 29 de dezembro de 2012

Moradores de Marília, SP, cobram mais passarelas em rodovias


17 pessoas foram atropeladas ao tentar cruzar as estradas em 2012.
DER informou que realizará estudo para analisar reivindicações.


Quem precisa atravessar a rodovia a pé por falta de passarelas acaba arriscando a vida diariamente em Marília, SP. Neste ano, 17 pessoas foram atropeladas quando tentavam cruzar as estradas. O número de mortes também foi maior em 2012. Foram dez contra as nove registradas no ano passado. De acordo com a Polícia Rodoviária Estadual, o número de acidentes em 2012 já é 40% maior que em 2011.
Vicente Ribeiro da Fonseca tem 65 anos e trabalha com material reciclável. Todos os dias ele têm que ir do bairro Santa Antonieta ao Distrito Industrial. As duas regiões ficam na zona norte da cidade e são separados pela rodovia do Contorno. Sem passarela, o trabalhador tem que se arriscar atravessando pela rodovia. “Se tivesse passarela não precisava cruzar a estrada. A gente em medo, mas preciso fazer isso porque é o ganha pão da gente. Tenho que arriscar”, disse.
Atravessar a estrada também faz parte da rotina da comerciante Jaqueline Tamires Amadeu. Ela cruza a pista todos os dias para ir trabalhar. “Tem que ser ligeira. Tem que observar o espaço dos carros para estar atravessando", contou.
O operador de máquina Esmael Soares de Oliveira sabe bem o quanto é perigoso cruzar a rodovia e a falta que uma passarela faz no local. “Precisa de passarela. Quatro amigos meus já morreram no local. O último faz um mês e 15 dias”. Os 1.200 moradores do bairro Trieste Cavichioli têm que conviver com os perigos da rodovia Comandante João Ribeiro de Barros. O autônomo Luciano Crescente conta que como o bairro é novo não tem Posto de Saúde, escola ou supermercado. Por isso, precisa atravessar a pista para chegar ao distrito de Padre Nóbrega.  “É muito perigoso atravessar a pé, principalmente com crianças”, alertou.
O presidente da Associação de Moradores do Bairro disse que já pediu ajuda aos vereadores da cidade. Luiz Eduardo Alves. “Vários acidentes foram registrados. Já solicitamos o pedido na Câmara. Vamos ver se no ano que vem a passarela seja instalada”. Já o tenente da Polícia Rodoviária, Augusto José de Carvalho, disse que para evitar os acidentes as pessoas que não têm como atravessar a pista em passarelas devem tomar alguns cuidados. “Deve-se observar se o local onde irá fazer a travessia é local plano. Não se deve fazer próximo a aclive. Também é importante ter a visão do veículo que está se aproximando. No mínimo de 500 metros pelo menos. Utilizar roupas claras, principalmente durante a noite, para facilitar a visibilidade dos motoristas”, informou.
O prefeito de Marília, Ticiano Tóffoli, reconhece o problema, mas disse que depende do Departamento de Estradas de Rodagem para construir as passarelas. De acordo com Ticiano, a prefeitura enviou um projeto ao DER para a construção de uma passarela entre o bairro Trieste Cavichioli e o distrito de Padre Nóbrega.
O Departamento de Estradas de Rodagem (DER) esclareceu que as rodovias Leonor Mendes de Barros (SP-333) e João Ribeiro de Barros (SP-294) já possuem passarelas instaladas no trecho de contorno ao município de Marília. São ao todo três dispositivos de travessia, entre os quilômetros 458 e 452, e mais dois no sentido de Bauru. No entanto, o DER informou que realizará estudo para análise da reivindicação dos moradores quanto à instalação de mais dispositivos.
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Moradores se arriscam todos os dias (Foto: Reprodução TV Tem)Moradores se arriscam todos os dias (Foto: Reprodução TV Tem)

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Muito obrigado pelo comentário, um grande abraço da equipe Braga Show!!!

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