Justiça eleitoral decide que Martinópolis terá nova eleição

Tonho (PV), que estava diplomado, teve seu pedido de recurso negado pelo TSE. Data para nova votação ainda não foi divulgada

Em Martinópolis, o prefeito eleito Antônio Cordeiro (Tonho, do PV), que estava diplomado desde o início deste mês, teve mais uma vez seu pedido de recurso negado, já que, com base na Lei Ficha Limpa, segue sobre ele uma condenação por improbidade administrativa em função de contas rejeitadas em 2006, quando era prefeito da cidade.

Ao caso, ainda cabe recurso. No entanto, uma nova eleição na cidade será convocada, como explica a juíza Thaís Souto Oliva de Souza. “Considerando que o candidato Antônio Leal Cordeiro tem o registro de candidatura indeferido, embora pendente ainda de recurso, ele não tem condições de entrar em exercício e tomar posse no dia 1º de janeiro”, explica.

Tonho concorreu ao cargo do executivo com mais três candidatos e recebeu 8.214 votos, mas teve seu registro indeferido. O candidato eleito recorreu ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), mas teve o pedido negado novamente. Foi somente em última instância, junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que ele conseguiu o direito de ocupar o cargo, mas após ser diplomado, teve o segmento interrompido pelo próprio TSE.

Antes de confirmar a nova eleição, a juíza analisou, por mais de quatro horas, as últimas decisões do TSE. Os votos foram recontados e em seguida, anulados. Enquanto isso, moradores da cidade protestavam em frente ao Cartório Eleitoral e dividiam opiniões.

“O que a Justiça decidir está certo, já que dizem que o prefeito eleito tem uma ficha suja”, diz a vendedora Aline Picoli.

Já o pedreiro Benjamin Francisco dos Santos é contra a cassação. “O povo votou no Tonho, era para ele ser o prefeito, foi diplomado, mas agora a Justiça volta atrás”, argumenta.

O novo prefeito de Martinópolis deve ser conhecido somente em 2013, mas uma data para a nova eleição ainda não foi divulgada. Antes disso, quem assume o cargo do executivo será o novo presidente da Câmara, que deve ser escolhido no dia 1º de janeiro.