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segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Ana Kariny diz que desafiou seu jeito 'aristocrático' para atuar em 'Suburbia'


Atriz contou como se inspirou para viver Bete, uma das poucas atrizes brancas no elenco: 'A minha manicure e a babá que tive me ajudaram'.


Na casa dos moradores de Madureira de"Suburbia", onde mora a protagonista Conceição (Érika Januza), Bete é a única branca  em uma família composta em sua maioria por negros. Quem dá alma à personagem, casada com Moacyr (Cridemar Aquino), é a atriz Ana Kariny, de 33 anos.
Filha de um militar, Ana nasceu em Fortaleza, foi alfabetizada no Paraguai e ao se mudar para o Rio morou na Ilha do Governador, Zona Norte do Rio, até se fixar com a família no Leblon, na Zona Sul da cidade. No bairro que inspira as histórias do escritor Manoel Carlos, rapidamente a moça incorporou o jeito de viver de cariocas bem-nascidos. Por isso, segundo, ela, para compor Bete, precisou recorrer à memória da infância. “Precisei incorporar hábitos suburbanos porque tenho um quê aristocrático e me despegar dele foi um desafio”, diz Ana.
Para facilitar a composição da personagem, Ana pediu que o diretor de “Suburbia”, Luiz Fernando Carvalho, a deixasse aparecer com um tamanco em cena. O calçado era igual ao usado pela manicure de sua mãe, moradora de um subúrbio carioca. “Também recorri aos trejeitos da minha babá que era do Nordeste e morava na Zona Norte. Esse tamanco me ajudou muito em cena por ser um calçado típico das pessoas que moram por lá”, afirma.
A gravação de “Suburbia” durou um mês e aconteceu na ilha de Paquetá, que foi transformada em Madureira pelas lentes de Luiz Fernando Carvalho. Nesse período, o elenco se hospedou no mesmo hotel e só voltava para casa aos domingos. O convívio ajudou na integração dos atores que confraternizavam em churrascos após o trabalho. “Quando a filmagem do seriado acabou e voltei para casa, olhava para o meu quarto e chorava de saudade. Tivemos um entrosamento muito grande”, conta Ana Kariny.
Formada em Jornalismo e Artes Cênicas, a atriz tem um grupo de teatro, o “Mulheres de Palavra”, que lançará no primeiro semestre de 2013 o espetáculo “Palavra de mulher”, uma compilação de textos de vários escritores sobre o sexo feminino. “Antes de ser atriz trabalhei durante muito tempo como modelo de campanhas publicitárias dirigidas pelo Andrucha Waddington. Até que fiz um teste para 'Afinal, o que querem as mulheres?'. Na época era assessora de imprensa de um órgão do governo e estava chorando no banheiro após uma briga com a minha chefe, quando o telefone tocou. Era o produtor de elenco dizendo que eu havia passado no teste e estava no elenco. Foi aí que chorei mais! Desta vez, de felicidade”.
Síndrome do pânico
Ana abandou a carreira de assessora de imprensa e se entregou à artística. Antes, lutou durante cinco anos contra uma síndrome do pânico. A primeira crise apareceu na adolescência e se estendeu até o início da fase adulta. “Nunca deixei de fazer nada por causa da síndrome. Só não podia beber por causa dos ansiolíticos (remédios usados para diminuir a ansiedade). Mas pedi muita ajuda a meus pais nos momentos de crise, quando em plena Perimetral (viaduto que liga o Centro da cidade a outras regiões do Rio), voltando dos ensaios do teatro de madrugada, tinha crises de medo”.
Ana Kariny e Cridemar Aquino (Foto: TV Globo / Divulgação)Ana Kariny e Cridemar Aquino em "Suburbia"
Por causa da síndrome, ela frequentou várias religiões até encontrar o equilíbrio que precisava no centro kardecista Casa do Coração, em Ipanema, na Zona Sul do Rio. “Hoje estou curada da síndrome porque eu quis me curar. Cotinuo fazendo análise e tomo passes no centro. Costumo dizer que minha vida é um eterno recomeço”.

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