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domingo, 2 de setembro de 2012

Clubes perdem sócios e buscam sobrevida em eventos esportivos


Sindi-Clube acredita que uma das causas da queda dos usuários seja pela mudança de comportamento da população


Com a mudança de comportamento da população, principalmente da mais jovem, e com cada vez mais academias e condomínios com espaços destinados à prática de esporte, entre outros fatores, os clubes de todo o Estado de São Paulo perderam público nos últimos dez anos. A informação é do Sindicato dos Clubes do Estado (Sindi-Clube).
De acordo com o presidente da entidade, Cezar Roberto Leão Granieri, houve mesmo essa queda de sócios em diversas cidades e muitos dos clubes tiveram que se adequar ao novo estilo de vida das pessoas, algumas vezes com a promoção de eventos diferenciados e até mesmo com a diminuição do valor dos títulos.
“Estamos realizando diversos encontros em cidades do interior de São Paulo com o intuito de tornar o Sindi-Clube efetivamente presente para que a interiorização dos serviços prestados pela entidade alcance o objetivo de fortalecer os clubes nas localidades onde eles atuam”, salienta o presidente.
Ele conta que atualmente estão associados ao Sindi-Clube nove clubes de Presidente Prudente. São eles: Associação Prudentina de Esportes Atléticos (Apea), Meridional Praia Clube, Associação Cultural Agrícola Esportiva de Presidente Prudente (Acae), Tênis Clube, San Fernando Clube de Campo, Associação Brasileira do Cavalo de Trabalho e Empreendimentos Rurais, Associação Desportiva Polícia Militar (ADPM), Associação Esportiva Lotus e Associação dos Fazendários da Alta Sorocabana (Afas).
Apesar desses clubes citados acima estarem associados ao Sindi-Clube, existem muitos outros no município que são vinculados a uma categoria, como, por exemplo, a Associação Atlética Banco do Brasil (AABB), o Clube de Campo Crecesc, do Sindicato dos Empregados no Comércio, a Casa dos Médicos, o próprio Sesc Thermas de Presidente Prudente e muitos outros.
Segundo o presidente do Tênis Clube prudentino, Eduardo Chesine, a fuga dos associados realmente aconteceu nos últimos dez anos e ele acredita que a principal causa seja a mudança de comportamento do jovem.
“Hoje eles preferem muito mais se divertir em baladas ou na internet do que ir até um clube, por exemplo. Nosso principal público atualmente são casais jovens com filhos pequenos. No início dos anos 90 chegamos a ter mais de 6 mil associados, atualmente temos 1,7 mil”, revela, salientando ainda que atualmente o clube está muito mais rico em relação aos eventos sociais e esportivos que oferece.
“Estamos com muitos torneios esportivos e o nosso principal continua sendo o de tênis, realizado diversas vezes durante o ano”, conta.
O gerente administrativo do San Fernando Clube de Campo, Gilberto Corazza, também confirma a queda de sócios, mas garante que, mesmo assim, o local nunca mudou a política de entrada de associados e da oferta de títulos.
“Sempre buscamos manter a qualidade do clube e dos nossos serviços. Até hoje, para ser um associado do San Fernando a pessoa precisa ser indicada por outros dois sócios e ser aprovado pela presidência. Acredito que tudo é reversível e aos poucos os jovens estão voltando a frequentar os clubes”, fala, revelando ainda que no início dos anos 90 o local chegou a ter 2 mil associados e que atualmente o número caiu pela metade.
Para o gerente da Apea, Antônio Martinho Fernandes, há dez anos a situação dos clubes era bastante diferente não somente em Prudente, mas em todo o país.
“Nós tínhamos na época 2,5 mil sócios, hoje só temos 850, mas esse número se mantém. A única questão que modificamos foi relacionada à venda de títulos. Atualmente os sócios pagam mensalidades”, conta.
O presidente do clube, Moacyr Fogolin, revela que alguns projetos estão sendo estudados pela presidência, porém, por enquanto não podem ser divulgados. “Será para a melhoria do clube. Inclusive, continuamos investindo constantemente na academia, na manutenção das piscinas, nos bailes e nas atividades esportivas para conquistar mais clientes e cultivar os sócios”, declara.
Boas expectativas
Apesar da crise revelada pelos clubes com a diminuição dos sócios, o presidente do Sindi-Clube declara que com a vinda dos grandes eventos esportivos para o Brasil, como a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016, o interesse pelos esportes e a procura pelos clubes voltará a crescer.
“Os clubes formadores de atletas de alto desempenho não serão os únicos beneficiados pelo momento positivo vivido pelo esporte. A crescente onda que toma conta do país beneficia todo o setor. Os clubes em geral passaram a desenvolver novas atividades voltadas para a iniciação esportiva e até para a terceira idade. Os clubes são os grandes especialistas em esportes e as expectativas para os próximos anos são muito boas”, finaliza Cezar Roberto Leão Granieri.

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