Uma derrota avassaladora deve ligar de vez o sinal de alerta na seleção de vôlei feminino. Depois de uma vitória claudicante na estreia e uma derrota esperada para os Estados Unidos, o time de José Roberto Guimarães caiu feio diante da Coreia do Sul, nesta quarta-feira. Com 3 sets a 0 (25-23, 25-21 e 25-21), as asiáticas mostraram a fragilidade da equipe verde-amarela, que agora corre riscos até de não passar à fase seguinte.
No momento, o Brasil ocupa a quinta colocação do grupo B, em que apenas os quatro melhores times se classificam. A Sérvia, última colocada com três derrotas, teoricamente não ameaça a seleção brasileira, que precisa fazer sua parte e torcer para que algum rival bata a Turquia e evite uma possível eliminação desastrosa.
A queda na primeira fase é um cenário improvável, mas não impossível, até pelo que tem jogado a equipe. Nesta quarta, a equipe teve muita dificuldade com o saque da Coreia em momentos-chave do jogo e sofreu com o mau aproveitamento de suas ponteiras. Foi a primeira derrota para o time asiático em quase dez anos. O último revés no confronto havia sido em setembro de 2002, na disputa de 5º a 8º lugares do Mundial daquele ano, quando Zé Roberto ainda nem comandava o time.
Nesta quarta, o tabu não abalou em nada a confiança das sul-coreanas, que deram um passeio. E não foi por falta de aviso. Há meses Zé Roberto avisa que a Coreia é um bom time e rasga elogios a Yeon-Koung Kim, que ele considera a melhor jogador do mundo atualmente. Contra o Brasil, ela fez nada menos que 21 pontos e foi a principal artífice da derrota verde-amarela, que começou a aparecer no meio do primeiro set.
O Brasil não começou mal o jogo e chegou a abrir 11 a 9. Quando o placar marcou 13 a 13, no entanto, Youn-Joo Hwang foi para o saque, conquistou quatro pontos em sequência e desestabilizou a seleção, que passou a errar mais ainda e viu as asiáticas fecharem em 25 a 23.
Na parcial seguinte, o jogo foi parelho até o 12 a 12, quando o Brasil teve seu melhor momento no jogo. Fabi fez uma grande defesa com o pé, a seleção ganhou o ponto e pareceu se inflar. Durou pouco. No 20 a 20, a Coreia do Sul acertou mais uma sequência de saques decisivos, abriu a vantagem que precisava e fechou em 25 a 21.
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