Medicamentos fortes causaram a inflação no fígado; pai doou parte do fígado para o filho
Com apenas 11 anos, Max de Paula, morador de Dracena, já tem muita história para contar. Algumas tristes, outras felizes, mas todas com o mesmo desfecho: a superação.
Em 2006 ele contraiu leishmaniose. Ele teve a doença outras três vezes até 2009. No final do ano passado, Max estava curado, mas os médicos descobriram que ele estava com cirrose, uma inflamação crônica no fígado e considerada grave.
O aparecimento da cirrose no garoto pode estar relacionado ao tratamento da leishmaniose. De acordo com os médicos, os medicamentos usados são muito agressivos.
“As drogas para o tratamento da leishmaniose têm um potencial de ser tóxicas para o fígado. Então, nesse caso, infelizmente aconteceu, mas não é muito comum, corriqueiro”, explica o gastroenterologista Cássio Silva.
Por causa do novo diagnóstico começava mais um drama para a família, pois ele precisaria de um transplante de fígado. E foi justamente o pai o doador.
“Nós começamos a fazer os exames em novembro do ano passado por meu sangue ser ‘A’ positivo e o dele também. Então, eu poderia ser o doador. Eu comecei a fazer os exames para fazer a cirurgia, para ver se eu não tinha algum problema que impedisse de eu doar para ele. Graças a Deus os exames deram certo”, conta o pai de Max, Eraldo Rodrigues de Paula.
A cirurgia foi realizada no Hospital das Clínicas (HC) em São Paulo em março deste ano. A operação foi bem sucedida, mas o menino sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) por causa do medicamento para evitar a rejeição, fato considerado raro. Apenas três casos semelhantes já foram registrados no HC da capital.
A cirurgia foi realizada no Hospital das Clínicas (HC) em São Paulo em março deste ano. A operação foi bem sucedida, mas o menino sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) por causa do medicamento para evitar a rejeição, fato considerado raro. Apenas três casos semelhantes já foram registrados no HC da capital.
“[O Max] Ficou como um bebezinho, tive que cuidar. Chegou a um ponto que eu não aguentava mais, minha mãe e minha irmã foram ajudar, porque meu marido estava ausente”, relata a mãe, Eliane de Paula.
Desde o mês passado Max está em casa e sem sequelas do AVC, um fato que impressionou até os médicos. “Meu pai é o melhor pai do mundo”, fala o menino.
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