Previdência privada tem se tornado uma das opções para quem pretende complementar o benefício
O empregado, antes mesmo de receber o salário, já precisa pagar o imposto de renda. Além disso, ele recolhe ainda uma porcentagem do salário para a previdência social. Porém, na hora da aposentadoria, o valor do benefício geralmente é menor do que o último salário como trabalhador.
Regina Nascimento tem 63 anos. Ela se aposentou aos 47, na época em que o governo ainda disponibilizava a aposentadoria proporcional ao tempo de serviço. Ela conta que antecipou a aposentadoria em dois anos. Por causa disso, os descontos na folha de pagamento foram bem maiores.
“Não me arrependi, pois minha aposentadoria atualmente, em comparação com os demais, é melhor, não posso reclamar. Mas mesmo assim está bem defasada”, conta.
De acordo com o advogado José Bezerra de Moura, toda a aposentadoria vem com descontos, em média, 30% do valor do salário do benefício.
“O salário de benefício que as pessoas vão receber nem sempre é aquele previsto. Se a pessoa ganha R$ 3.000, quando vai se aposentar, recebe cerca de R$ 2.400”, explica.
E para quem pretende complementar a aposentadoria, a previdência privada pode ser uma boa opção. O interessado deposita uma quantia estabelecida mensalmente durante um período longo de tempo. É nessa fase que será feita a capitalização do recurso. Depois vem o período de renda, quando a pessoa começa a receber os valores investidos na fase anterior.
Segundo o economista Flávio Oliva, existem dois tipos de investimentos pela previdência privada:
- O PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre), para aqueles que fazem a declaração do imposto de renda completa e podem deduzir até 12% do valor a ser pago à Receita Federal.
- E o VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre), indicado para quem declara o imposto pelo modelo simplificado, que não tem rendimento tributável e não precisa fazer a dedução do imposto de renda.
Mas, antes de fechar negócio, é preciso pesquisar, já que as taxas de juros variam de banco para banco.
“As pessoas devem estar atentas ao fato de que deverão dispor de um valor mensal para a contribuição. A outra questão importante significa a tributação, ou seja, no que diz respeito ao tributo, é preciso verificar onde se enquadra para que se possa ter um melhor benefício da aplicação em previdência privada”, salienta o economista.
Através de uma simulação, percebe-se que a pessoa que pretende investir na previdência privada com R$ 100 por mês durante 20 anos, utilizando uma taxa fixa de 1% ao mês, ela terá um montante de quase R$ 100 mil ao final do período. Esta é uma opção que se mostra mais atraente do que a poupança, pois neste mesmo período, a pessoa depositando o mesmo valor, terá cerca de R$ 46.200 mil, quase a metade do valor investido na previdência privada.
“Para quem deseja um complemento na aposentadoria, o mais indicado é a previdência, pela remuneração e pela condição futura. A poupança é indicada para pequenos investimentos como sendo uma reserva de valor momentânea”, orienta Oliva.
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