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segunda-feira, 28 de maio de 2012

'Pé Diabético' mede limitações e confecciona sapatos a pacientes


Projeto conta com avaliações que visam tratar e prevenir algumas lesões causadas pela diabete


O Laboratório de Estudos Clínicos em Fisioterapia (LECFisio) da Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (Unesp) de Presidente Prudente sedia o projeto “Pé Diabético”, o qual já atendeu mais de 300 pessoas. O programa visa tratar e prevenir algumas lesões e doenças causadas pela diabetes. No local, os pacientes passam por avaliações e, se detectado problemas graves, sapatos ortopédicos são confeccionados e distribuídos gratuitamente.
Segundo a professora e doutora Cristina Elena Prado Teles Fregonesi, o objetivo do projeto consiste em avaliar a sensibilidade, a força muscular e os pontos de maior pressão dos pés dos pacientes. “Aos que apresentarem complicações, são oferecidas avaliações mais específicas da marcha e do equilíbrio corporal”, reforça Cristina.
Sobre isso, a aluna do programa de mestrado em fisioterapia, Alessandra Madia Mantovani, explica que com a diabetes o paciente passa a ter ressecamento, calos e até mesmo fissuras nos pés. Ela conta ainda que dentre todos os sintomas, a falta da sensibilidade é o que primeiro atinge os diabéticos. “Muitas vezes, pela falta de sensibilidade, o portador acaba confundindo os calos com bolhas, ele demora a perceber o que está acontecendo com os pés”, comenta.
O aposentado Aparecido Theodoro, 68 anos, convive com a doença há 20 anos. Pela falta de prevenção com as enfermidades dos pés teve dois dedos amputados. Orientado por profissionais do Pronto Atendimento da Cohab, iniciou o acompanhamento há um mês na Unesp. Hoje, ele conta que já é possível fazer algumas atividades que antes não exercia com segurança. “Já lavo o quintal, faço comida. Agora estou bem melhor”, conta.
Sua esposa, Fumiko Yamauti Theodoro, 62 anos, confirma a melhora do quadro do marido, mas revela que há dois anos, com a piora da doença, ele passou a ficar mais nervoso por decorrência das limitações que passou a ter. “Eu não conseguia dormir com ele, ele reclamava muito. Mas hoje está tranquilo, mais seguro para andar, com mais sensibilidade”, ressalta.
O paciente é um dos que usam o sapato ortopédico. Em sua primeira consulta no laboratório, suas limitações foram medidas. Segundo a fisioterapeuta Alessandra, os aparelhos capturaram os pontos em que havia excessos de pressão, locais esses que causavam as lesões e, em seguida, junto a um técnico ortopédico, o sapato foi prescrevido.
O projeto “Pé Diabético” trabalha em conjunto com a intervenção dos sapatos, que é um projeto de mestrado da fisioterapeuta Alessandra. Ela conta que não há nenhum custo aos pacientes. “O programa conta com um recurso externo que paga os calçados”, levanta.
Serviço
Para participar, é só entrar em contato com o Laboratório de Estudos Clínicos em Fisioterapia, pelo telefone (18) 3229-5825. Os atendimentos são gratuitos.


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