Com uma trama recheada de mulheres fortes, impositivas e de caráter dúbio, "Avenida Brasil" faz sucesso. E seu autor, João Emanuel Carneiro, se confirma como o grande criador de tipos femininos da teledramaturgia brasileira
Para fugir com um amante levando a herança do marido morto, Carminha jogou a enteada no lixo. Movida, anos mais tarde, por uma obsessão de vingança, Nina, a enteada, é capaz de mentir, roubar e manipular os homens. Uma ciência, aliás, em que Suelen é especialista, com sua compulsão por ter os machos da espécie – ou melhor, do subúrbio carioca de Divino – a seus pés. Independente ao extremo, Monalisa só aceitou um pedido de casamento no momento em que o noivo, Silas, inventou uma doença fatal. Tessália foi mais facinha com Leleco, mas, depois de topar viver com ele, transformou a vida do marido num inferno de ciúmes infundados – ou não. Nina, Carminha, Suelen, Tessália, Monalisa. Em Avenida Brasil, a novela das 9 da Globo, nenhuma personagem feminina segue o figurino tradicional do folhetim. Elas são fortes, impositivas, frequentemente más – e, um pouco por uma dessas razões, fascinantes. Elas são as responsáveis pelo sucesso de uma trama que, com audiência média entre 39 e 41 pontos no Ibope, está entre as mais vistas do horário nos últimos anos. No último dia 15, Avenida Brasilbateu seu recorde nacional, 43 pontos, com 69% dos aparelhos de TV ligados. Não raro, a novela, que mesmeriza brasileiros de todas as classes sociais, figura na lista mundial dos dez tópicos mais comentados do Twitter. O sucesso se deve ao charme de todas essas mulheres – e também, claro, a um homem: o autor, João Emanuel Carneiro, de 42 anos. A novela o confirma como o principal criador de tipos femininos da teledramaturgia brasileira atual.
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