A afirmação é uma conclusão prévia de dois meses de investigação realizada pelo Ministério Público do Estado nas unidades prisionais de todo o Amazonas
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Condenados do regime fechado se divertem ao som de DVD e TV de LED(Reprodução)
“O fato apresentado hoje é apenas um sintoma do que existe no Sistema Prisional do Amazonas. Essa situação é comum e corriqueira e acontece em mais de uma Unidade Prisional do Estado”. A declaração é do promotor de Justiça do Estado André Seffair, membro de um grupo especial do Ministério Público do Estado (MPE-AM) que investiga há um pouco mais de dois meses festas e demais atividades ilegais nos sistemas prisionais de todo o Estado.
O promotor André Seffair afirma que essas e outras condutas ilegais que acontecem dentro dos presídios do Amazonas estão sendo investigados por um grupo formado por outros três promotores de Justiça, tendo como base relatos de condutas chegadas até o grupo.
Segundo Seffair, o processo de investigação teve início em janeiro deste ano, e conta com a participação dos promotores Jefferson Carvalho, Tereza Coelho, além do promotor Fábio Monteiro, coordenador do grupo.
As investigações, conforme Seffair, avaliam todo o esquema ilegal que ocorre dentro dos presídios: “O esquema é muito maior e muito mais forte do que se imagina. É muito simplório exonerar o diretor do presídio, por exemplo. No entanto sabemos que ele não é o único responsável. Sabemos que há cobrança de propina dos agentes carcerários, por exemplo, mas isso não está sendo comentado”, afirma.
Investigações preliminares dos promotores apontam que a festa realizada na Unidade Prisional do Puraquequara (UPP) é apenas uma das condutas ilegais que ocorrem dentro dos presídios do Estado. “Nós temos informações que os presos de alta periculosidade do Amazonas possuem aparelhos celulares, televisões e dinheiro dentro das suas celas o que é totalmente ilegal. O que foi visto hoje é apenas um reflexo do que ocorre normalmente dentro dos presídios do Amazonas”, relata.
André Seffair afirma que o Sistema Prisional do Amazonas ainda não está preparado para combater essas condutas ilegais: “O sistema prisional de todo o Estado não entende que essas pessoas são muito perigosas para a sociedade. Foi necessário haver uma situação crítica, de um dos infratores publicar as fotos no facebook, para que ficasse claro que há deficiências nesse sistema”, conclui.
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